sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Do que restou.

Me resta a palavra que se recusa a morrer em meus pensamentos
E descarada transpassa meus lábios e dedos
Me resta a necessidade de escrever como quem tem sede
Me resta uma vontade

Analisando assim tenho um inventário de tudo que me resta
Mas é triste sentir que trocaria todas as palavras que insistem em ser ditas
Pela atenção de quem não me vê...
Resta me saber estúpida

Resta aceitar a minha culpa
Por ser sentimental, visceral e tão sonhadora
Resta o desejo

Ah, eu me recuso a ser uma pessoa cinza
E recuso me encher de medos
Por mais custoso que seja, eu prefiro lamentar tua ausência em verso.

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